sábado, 6 de fevereiro de 2010

Questões fundamentais para a eficiência da investigação mercadológica

Muitas organizações não governamentais hoje em dia já se deram conta da relevância de se constituir um banco de dados bastante fundamentado em termos de informação para a prospecção de novas parcerias e fidelização dos investidores (empresas e pessoas físicas). A dificuldade, porém, parece ainda se concentrar na gestão adequada da ferramenta e, ainda, na capacidade de compreensão e de entendimentos do que e de quais venham a ser aqueles potenciais parceiros.

Análises setoriais de mercado auxiliam sobremaneira a gestão de um banco de dados na medida em que uma informação acerca do posicionamento de mercado de uma empresa dentro do seu setor e subsetor de atuação ou a sua receita operacional líquida, ou ainda, a localização de residência ou o histórico de contribuição e/ou afinidade de um determinado contribuinte físico podem determinar medidas estratégicas de comunicação ou mesmo mudanças de rumo de abordagens.

O paradoxo está, muitas vezes, na urgência da mobilização e entrada de recursos e a complexidade das análises aliada à formação do (s) profissional (ais) envolvido (s).

Informações como afinidade entre o negócio social e investimento social privado, por exemplo, determinam o ‘timing’ da negociação e graus de aproximação que devem ser levados em consideração quando se deseja, por exemplo, sensibilizar pela possibilidade de reinvestimento dentro da política de responsabilidade social corporativa de uma empresa.

A precisão do levantamento das informações sobre os nomes completos e posições de cargos fundamentam e legitimam o “case statement’.

E por aí vai.

A prospecção exige uma competência que deve ser levada em conta, corroborada pela imprescindibilidade de diversificação das fontes de investimentos. Quanto maior o número de potenciais e novos investidores, maiores as chances de se auto-sustentar e de desenvolvimento de inovações também, já que o aprendizado e o aprimoramento desenvolvem-se conjuntamente e na medida em que as parcerias se estabelecem e se amadurecem.

Já presenciamos grandes organizações não governamentais reconhecidas nacionalmente e tidas como braço direito dos órgãos públicos municipais, que tratam de questões absolutamente relevantes de atendimento comunitário onde grande parte do know-how e do conhecimento técnico não era devidamente reconhecido internamente. E por quê? Porque tais aspectos encontravam-se submergidos no puro atendimento profissional-usuário, sem expansões. Este também é um papel importante do profissional de captação de recursos que tem formação para análise de mercado, i.e., de ser capaz de identificar os talentos internos e de levar à frente os talentos dos profissionais que atendem os usuários, principalmente nas chamadas ‘organizações fins’ e de elaborar, portanto, projetos sociais que contemplem os trabalhos que já são realizados internamente e que, agora, servirão de base para o aprendizado mútuo com o novo parceiro.

Não é tarefa fácil, mas as organizações que investem nesta excelência técnica correrão à frente pelo diferencial da ferramenta que constituirão e que terão em mãos, pelo reconhecimento dos parceiros que, fidelizados, repensarão em diversificação da cesta dos investimentos sociais, dos potenciais investidores que sentirão a profissionalização das abordagens e dos conteúdos dos projetos e dos próprios profissionais internamente envolvidos que expandirão, por conseguinte, uma atuação que – normalmente – já desenvolvem de maneira eficaz.

Nenhum comentário: